GRUPO ESPÍRITA AGOSTINHO E TEREZA DE JESUS

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; Como filosofia, compreende todas as consequências morais que faz brotar dessas mesmas relações. Podemos defini-lo assim: Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bom como de suas relações com o mundo corporal.

E ainda, o Espiritismo é uma ciência nova que vem revelar aos homens, por meios de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele nos mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém ao contrário, como uma das forças vivas sem cessar atuantes da natureza, como fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e , por isso, relegados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo refere-se em muitas circunstâncias e daí vem que muito do que Ele disse permaneceu obscuro ou falsamente interpretado.

O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil.

Allan Kardec


Páginas

terça-feira, 30 de abril de 2024

Juventude




                            “Quando esse ou aquele companheiro se nos distancia, deixando-nos a sós na Seara do Bem, habitualmente a nossa reação inicial é de choque e desagrado.

     Recordamos para logo os votos em comum, as atividades partilhadas, as esperanças e os sonhos das horas primeiras...

     Entretanto, embora devamos resguardar intacto o amor por eles, não é o sentimento negativo de amargor ou censura que a vida espera de nós outros, nessas circunstâncias.

     É preciso entendê-los e acatá-los, antes de tudo. Lembrá-los no bem que nos fizeram, nas luzes que acenderam. E, ante a ausência, considerar as possíveis razões que a ditaram.                                 

     Esse se viu defrontado por obstáculos que não logrou vencer; aquele entrou a experimentar a enfermidade complexa; outro não achou em si a força necessária para garantir a própria esperança, e outro ainda passou imperceptivelmente a faixas de obsessão oculta. E se integramos determinada equipe de trabalho, como condenar os companheiros doentes ou acidentados em serviço?

     Claro que, em se verificando isso, nos cabe o dever de entregá-los a organizações capazes de restaurá-los, e continuar trabalhando, substituindo-os, quanto nos seja possível, na empresa em andamento.                           

     Diante dos amigos que nos deixam nas frentes da luta edificante, procuremos honrá-los e abençoá-los com os nossos melhores pensamentos de carinho e de gratidão. E reconhecendo, acima de tudo, que nos achamos todos submetidos à Sabedoria e à Misericórdia do Senhor, compete-nos a obrigação de compreender-nos e auxiliar-nos, uns aos outros, em quaisquer circunstâncias, na certeza de que, se o Senhor nos permite a mudança de atividade quando assim desejamos - e já nos achamos credenciados para colaborar com ele, nas construções do Evangelho -, isso se verifica a fim de que aprendamos, na escola da experiência, a servi-lo na Obra de Redenção e Aperfeiçoamento do Mundo, sempre mais, e melhor.”

     

Rumo Certo – 17.

_______________

_______________




Senhor Jesus!

Por nossa própria imprevidência,

Embora a evolução que nos reveste,

O sofrimento áspero, profundo,

Invade, canto a canto, os distritos do mundo

E espalha o pranto e sombra ante o esplendor celeste.


Avança a Terra pelo espaço afora,

Carregando conquistas

Que lhe garantem plena exaltação.

Máquinas jamais vistas

Efetuam serviços colossais;

Satélites, além, na rota em que se vão,

Oferecem notícias e sinais.

Computadores poupam energias

Ou se fazem vigias

De caminhos e forças siderais.

E o homem, desde os céus ao subsolo,

Leva o próprio domínio polo a polo.

 

Entretanto, Senhor!

Em todos os lugares,

Há quem se desconforte,

No imenso festival de riqueza e cultura,

Transportando consigo a vocação da morte,

De coração cansado, ante a vida insegura.

Destacamos, Jesus, os que caem de tédio,

Que gastaram o tempo e o corpo sem proveito,

E são hoje doentes quase sem remédio

Na angústia sem razão que lhes oprime o peito.

Falamos dos que morrem na saudade,

Dos corações queridos que partiram

Para a imortalidade,

E tateiam chorando, ante a Vida Maior,

Vasos de cinza e pedra em derredor

Das lágrimas que vertem...

Falamos dos drogados,

Dos que largaram de servir,

Dos que se dizem desesperançados

Ante a luz do porvir;

Dos que afirmam que a fé

Hoje se guarda apenas em museus,

E proclamam, gritando desenfreados,

Que a ciência na Terra é a derrota de Deus.


É por isto, Senhor, que nós Te suplicamos :

Não nos deixes temer o vozeirão das trevas ;

Da Infinita Bondade a que Te elevas,

Concede-nos a força da humildade

De modo a trabalharmos, dia-a-dia,

Em Teu reino de luz e de verdade.

Ajuda-nos, Senhor,

A esquecer-nos, a fim de acompanhar-Te,

Cooperando Contigo em qualquer parte.

Acolhe-nos no amor com que nos guardas,

Na condição de servos teus.

Porque, apesar de sermos pequeninos,

Encontramos, Senhor, em Teus ensinos,

A presença de Deus.

 

Maria Dolores

 

Amanhece – 4.







                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário